Museu Do Graffiti

Museu do Graffiti

O Museu do Graffiti é uma instituição privada sem fins lucrativos com a missão de registrar acervos e todo conteúdo artístico produzido a que se refira a Arte Urbana e seus derivados segmentos como o Funk ,Hip Hop, Break ,Mc´s e DJ´s em âmbito nacional e internacional de forma que possa valorizar e da visibilidade a lugares que enfatizam o Graffiti potencializando seus respectivos artistas .

Quem passa pela Avenida Pastor Martin Luther King Jr., entre a estação Rubens Paiva do Metrô e o morro da Pedreira, na Pavuna, Zona Norte do Rio, não imagina que naquele prédio com aspecto de abandonado funcione um dos centros culturais mais importantes da região: o Museu do Graffiti. Criado há seis anos pelo ex-pichador André Rongo, o espaço reúne exposições de artistas locais, livros, revistas, gravuras, fotografias e até um dicionário que desvenda os segredos da pichação.

Embora o Museu do Graffiti seja reconhecido oficialmente pelo poder público, a instituição jamais foi contemplada por um edital que financiasse alguma reforma no espaço. Tudo o que chega é por meio de doações de terceiros. André também aluga o espaço para festas e eventos para custear algumas despesas. A maior renda vem do trabalho de reciclagem que é feito com o lixo enviado por empresas da região. Pelo menos cinco moradores sobrevivem desta atividade. Parte do material é utilizado na criação de cenários e outras, em obras de arte. O museu também é bastante requisitado como locação de videoclipes e programas de internet. Já recebeu figuras importantes da cultura Hip Hop, como os rappers MV Bill, Renan Inquérito e GOG.

Acostumado a ensinar a arte do grafite para as crianças do entorno, Rafael Araújo, o ‘Fael Tujaviu’, acaba de inaugurar sua primeira exposição individual. E justamente no museu. “É uma sensação muito boa. Você sabe do que eu estou falando. A gente que vive aqui tem essa preocupação. Não bastava eu pintar quadros. Minha missão é retratar o que acontece aqui. Quero levar esse quadros para as ruas”, diz o criador de “Fruto da Favela”, exposição que mescla música e grafite, e fica no espaço até o fim de agosto. A entrada é gratuita.

Um dos poucos artistas especialistas em aerografia sob vidros e espelhos, Vander Gomes também tem obras expostas no Museu do Graffiti. Uma delas é uma homenagem à atriz Camila Pitanga, de 42 anos. “Hoje, consigo ganhar a vida através da arte. É algo que o museu nos proporciona, pois é quem leva essa visibilidade para o nosso trabalho”, diz. Grafiteiro com experiência em curadoria, Airá o Crespo, diz ser importante a adesão de outros artistas. “É importante que a galera abrace a causa. O museu é um marco para nós. Essa não é a casa apenas do artista urbano, mas de quem aprecia a arte como um todo”, avalia o artista.

Movimento Xapiarte

Um dos desdobramentos que o museu proporcionou foi o movimento batizado de 'Xarpiarte'. Consiste em pinturas coloridas com formas que remetem à pichação. No entanto, assim como ocorre com o grafite, os autores pedem autorização aos respectivos proprietários antes de expor a arte na parede alheia. “Este é um espaço que representa a arte marginal”, opina o grafiteiro da 400 ML Crew, Pedro Solo.

Serviço

Museu do Graffiti - Av. Pastor Martin Luther King Junior, Nº 12528 - Pavuna (Sentido Baixada, em frente à estação Rubens Paiva do Metrô). De terça a domingo, entre 10h e 17h. Entrada gratuita

fontes: https://visite.museus.gov.br/instituicoes/museu-do-graffiti/

https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2019/08/5672402-na-pavuna--museu-do-graffiti-ainda-e-pouco-conhecido-dos-cariocas.html